Rural e Pesca), um órgão paritário que
definia diversos assuntos sobre o setor
no município. É preciso A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado do Rio de Janeiro (Emater) promoveu nesta quinta-feira (20/06) uma
palestra na sede da Secretaria Municipal de Aquicultura, Agricultura, Pecuária
e Pesca de Maricá, para dezenas de produtores do município. O palestrante foi o
gerente de Pequenas e Médias Empresas da Emater, José Henrique Moraes.
Entre os aspectos destacados durante a apresentação, conceitos ligados ao cooperativismo e aspectos jurídicos e comerciais ligados às atividades agrícolas. Diversos representantes de segmentos, como Roberto Ferraz, presidente da Fapesca; Luiz Cláudio Cole, da Associação de Apicultores de Maricá; e Ernesto Henriques, agrônomo da Secretaria de Agricultura, falaram sobre reivindicações e projetos de seus setores, antes da explanação principal.
O apicultor Lourival Mothé, que acompanhou o encontro, produz mel em
Maricá desde 2012 – o volume alcançado em um ano chegou a 500 kg, com 35
colmeias de abelha africana. “Produzo também própolis vermelha, poderoso
anti-inflamatório e fortificante, excelente no tratamento de diversas doenças”,
disse.
Luiz Cláudio Cole comentou a necessidade de união dos apicultores para o
fortalecimento da categoria na cidade: “Produzo mel há doze anos, porém não
temos espécies melíferas aqui, em quantidade suficiente. A qualidade do mel
depende da qualidade da flora. Venho importando mudas de assa-peixe e morrão de
candeia, principalmente de Minas Gerais. Se os 55 apicultores de Maricá se
unirem, poderemos reflorestar com maior rapidez nossas matas. Só assim teremos
mais floradas e garantiremos mel de qualidade o ano todo, inclusive para
alimentação escolar de nossas crianças. É importante aprendermos a trabalhar em
conjunto”, defendeu.
apicultura é uma das atividades já identificadas pela secretaria
municipal de agricultura com potencial para inclusão no Programa de Aquisição
de Alimentos (PAA), do Governo Federal – que propicia a aquisição de alimentos
de agricultores familiares com isenção de licitação, a preços compatíveis aos
praticados nos mercados regionais. Pelo programa, os produtos comprados são
destinados a instituições públicas e filantrópicas (hospitais, escolas,
universidades, creches e presídios) e estabelecimentos privados, como
supermercados.
Prefeitura auxilia
produtores
Em Maricá, a produção de ovos caipira já está inscrita no programa.
Segundo o secretário de Agricultura, Rubem Pereira, uma das metas da Secretaria
é regularizar a situação dos demais hortifrutigranjeiros, da pesca artesanal e
do mel e, com a inclusão no PAA, fortalecer essas atividades locais. “Já temos
alguns produtos na Feira do Produtor e o Caminhão do Peixe. Para inclusão no
PAA, é preciso alguns meses, pois a retirada do DAF (Documento de Aptidão ao
Pronaf) depende de documentação individual do produtor, e da DAF Jurídica,
quando associação ou cooperativa. Estamos recadastrando os produtores e
pescadores e os auxiliando no processo de inclusão no PAA”, garantiu.
A produtora Maria Emília Barquette, ex-presidente da Associação de
Pequenos Produtores de Maricá, achou importante a reunião: “Sempre é importante
falar de cooperativismo, sistema importante para o pequeno produtor. Já tivemos
em Maricá a associação de produtores e o COMDREP (Conselho
Municipal do Desenvolvimento reativar essas entidades, para que haja mais discussões sobre as prioridades”, disse.
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