A partir desta terça-feira (8), será mais fácil cancelar serviços de
telefonia fixa e móvel, internet e TVs por assinatura. O cancelamento poderá
ser feito por telefone, terminais ou internet, sem necessidade de falar com
atendentes. O bloqueio das contas será automático, com prazo máximo de dois
dias para conclusão, podendo ser feito por meio de ligação telefônica, pela
internet ou pelos terminais.
Esses benefícios estão previstos no Regulamento Geral de Direitos do
Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), que entra em vigor nesta
terça-feira. Com o RGC, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) busca
diminuir o número de reclamações feitas por consumidores a sua central de
atendimento.
Além de ter a atribuição de cancelar as contas, caso seja a vontade dos
clientes, as lojas associadas às operadoras terão também de fazer registro de
reclamações, bem como atender a clientes que buscam resolver problemas em suas
contas. O retorno sobre reclamações relativas a cobranças terão de ser feitos
em, no máximo, 30 dias. Se a empresa não cumprir o prazo, terá de corrigir
automaticamente o valor da fatura. Se ela já tiver sido paga, a operadora terá
de devolver o valor em dobro.
Outra vantagem, do ponto de vista do consumidor, é que as empresas
operadoras terão a obrigação de retornar as ligações, caso estas caiam. As
novas regras fixam, ainda, validade mínima de 30 dias para os créditos das
contas pré-pagas. Caberá às empresas informar aos clientes pré-pagos a data de
expiração dos créditos e, aos pós-pagos, que os limites de serviços de mensagem
(SMS) e internet móvel estão próximos de atingir os limites previstos no plano
contratado.
No caso dos pós-pagos, as novas regras preveem, ainda, faturas mais
detalhadas, de forma a dar mais clareza e transparência ao serviço. O
regulamento prevê que os pacotes de serviços conjuntos (combos) estejam
agrupados no mesmo contrato.
Ofertas e planos de vendas terão de ser disponibilizados nos sites das
operadoras. Com isso, a Anatel tenta evitar que planos iguais sejam
comercializados com valores diferenciados, prejudicando alguns clientes –
prática relatada em queixas reportadas à Anatel. Além disso, os contratos com
fidelização terão validade máxima de 12 meses
Contatada pela Agência Brasil, a Oi informou já estar
implementando as mudanças exigidas pelo novo regulamento, apesar de considerar
alguns prazos “incompatíveis com a complexidade das alterações necessárias”. A
Telefônica Vivo informa também confirma que está implantando e trabalhando para
cumprir as obrigações do novo RGC, com cerca de 200 pessoas “engajadas para
adaptar os sistemas de atendimento ao cliente às novas regras em um prazo
extremamente curto”.
A Claro, igualmente, informou que está implementando as disposições do
RGC, para “cumprir o grande volume de determinações previstas”. Já a TIM disse
que “trabalha para se adequar” ao regulamento nos prazos apresentados. Para a
TIM, “mudanças que reforcem os direitos dos consumidores e contribuam para a
melhoria da relação entre clientes e empresas são sempre benéficas”.
A GVT informou que está “trabalhando intensamente" para cumprir,
até amanhã (8) as regras previstas. Segundo a empresa, devido ao grande número
de mudanças exigidas e ao curto prazo concedido para sua implementação, “estão
sendo realizadas várias adequações em todos os sistemas e rotinas de
relacionamento com o cliente”.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) informou que as operadoras estão promovendo, desde março, profundas alterações em seus sistemas operacionais e de atendimento ao cliente para colocar em prática o novo regulamento. “As prestadoras reiteram seu contínuo objetivo de melhor atender a seus clientes e reforçam a importância de que as mudanças de regras sempre sejam precedidas de estudos de impacto regulatório e econômico, garantindo o estímulo ao investimento que resulte em efetiva melhoria da qualidade e expansão dos serviços”, diz a entidade.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) informou que as operadoras estão promovendo, desde março, profundas alterações em seus sistemas operacionais e de atendimento ao cliente para colocar em prática o novo regulamento. “As prestadoras reiteram seu contínuo objetivo de melhor atender a seus clientes e reforçam a importância de que as mudanças de regras sempre sejam precedidas de estudos de impacto regulatório e econômico, garantindo o estímulo ao investimento que resulte em efetiva melhoria da qualidade e expansão dos serviços”, diz a entidade.
A Agência Brasil entrou em contato com a SKY e a NET,
mas, até o fechamento deste texto, não obteve posicionamento das operadoras
sobre o cumprimento dos novos prazos previstos no RGC.
Fonte: EBC
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