As campanhas para o governo estadual em todo o País devem custar mais de
R$ 2,2 bilhões, segundo declararam 167 candidatos à Justiça Eleitoral.
Entretanto, tratam-se de projeções feitas pelos partidos, cujos valores reais
só serão conhecidos ao final da campanha com a prestação de contas.
A campanha mais cara do Brasil é a do empresário Paulo Skaf
(PMDB), que pretende gastar até R$ 95 milhões no pleito. Em 2010, quando
tentou chegar ao Palácio dos Bandeirantes pelo PSB, o gasto previstos
era de R$ 50 milhões, mas na prestação de contas feita junto à Justiça eleitoral
o montante declarado foi de R$ 18,9 milhões, que representou um custo de R$
17,90 por cada um dos 1.038.430 votos conseguidos, segundo levantamento feito
pela da ONG Às Claras com base na prestação de contas feitas pelos partidos à
Justiça e com valores corrigidos monetariamente até julho de 2012.
No final de maio Skaf se licenciou da presidência da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para embarcar na corrida eleitoral
tendo como um dos principais adversários uma das maiores apostas do PT para este
ano, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha.

Para se eleger naquele ano, Geraldo Alckmin (PSDB) arrecadou R$ 88,6
milhões, quase 53% mais que os R$ 58 milhões previstos, segundo o Às Claras,
com um custo de R$7,70 por cada um dos 11.519.314 votos obtidos pelo tucano.
O terceiro maior orçamento do País serão os R$ 85 milhões a serem gastos
governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Seu antecessor, Sérgio
Cabral, se reelegeu em 2010 com uma campanha que arrecadou R$ 39,3 milhões
(em valores corrigidos até julho de 2012), montante que é R$ 14,3 milhões maior
que os R$ 25 milhões previstos incialmente, o que fez com que o custo por cada
um dos 5.217.972 votos conseguidos fosse de R$ 7,53. Caso conseguisse a mesma
votação de Cabral, gastando os R$ 85 milhões previstos, Pezão gastaria R$ 16,28
por voto.
O petista Agnelo Queiroz aparece em quarto lugar na lista de campanha
com orçamento mais alto do País, planejando gastar até R$ 70 milhões para se
reeleger ao Executivo do Distrito Federal, que concentra o 20º domicílio
eleitoral do País com 1.836.280 pessoas aptas a votar.
Em 2010, seu limite de gastos declarado era de R$ 35 milhões, em um
pleito no qual ele se elegeu no segundo turno com 875.612 votos (66,10%). À
Justiça eleitoral, foi declarada uma receita de R$ 13,6 milhões em ambos os
turnos, que representou um custo de R$ 16,42 e R$2,88 por voto recebido,
no primeiro e segundo turnos, respectivamente. Em um cenário hipotético caso
arrecadasse os R$ 70 milhões orçados como teto máximo, esse valor subiria para
R$ 79,94 por eleitor.
Já o Ceará terá quinta campanha individual mais cara do País, encabeçada
pelo candidato mais rico do País, o senador Eunicio Oliveira (PMDB), que
pretende gastar até R$ 67 milhões. O peemedebista declarou à Justiça
Eleitoral possuir um patrimônio de mais de R$ 99 milhões. Em sua campanha ao
Senado em 2010, Eunicio obteve 2.688.833 votos. Sua votação foi melhor que a do
governador eleito naquele ano, Cid Gomes (atual Pros), que obteve 2.436.940
votos, se elegendo ainda no primeiro turno.
A campanha de Cid Gomes foi orçada em R$ 39 milhões, mas arrecadou mais
de R$ 68 milhões, que representa um custo de R$ 27,91 por voto, em montantes
corrigidos até julho de 2012 e com base no que é declarado à Justiça eleitoral.
Para se eleger ao Senado, Eunicio arrecadou R$ 8,7 milhões, menos que os R$ 10
milhões apontados como limite de gastos.
Fonte: Terra
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