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'Ele não era traficante', diz família de jovem morto no Alemão (Foto: Guilherme Brito/G1) |
Familiares de Lucas Gustavo da Silva Lourenço, de 15 anos, um dos dois mortos em uma troca de tiros na noite deste domingo (22), no Conjunto de Favelas do Alemão, Zona Norte do Rio, contestam a versão da Policia Militar de que ele teria envolvimento com o tráfico de drogas. Eles dizem que o jovem estava em um bar, perto de casa, quando a policia chegou atirando.
"As pessoas que estavam lá disseram que os policiais chegaram atirando. Ele não tinha envolvimento com o tráfico", disse um dos irmãos de Lucas, que preferiu não se identificar, e que aguardava a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta segunda-feira (23).
Outro parente de Lucas, que também preferiu ter a identidade não revelada por medo de represálias, disse que o revólver de calibre 38 mm, que teria sido achado por policiais da UPP com Lucas e com Gabriel Ferreira, a segunda vítima fatal neste confronto, foi plantado pelos agentes.
"Eu queria ter feito um video para mostrar, para provar. O revólver 38 não é arma de traficante. Se ele fosse traficante, como vários que tem lá dentro [Conjunto de Favelas do Alemão] ele estaria com um fuzil. A policia sabe que tem vários caras de fuzil lá dentro e não faz nada", argumentou.
A nota da Policia Militar divulgada depois do incidente
diz que duas pessoas morreram e três ficaram feridas após confronto armado na localidade conhecida como Areal, por volta das 22h. Segundo a UPP, policiais tinham ido ao local checar a informação de que um homem estava sendo espancado por traficantes. Quando a patrulha chegou, segundo a PM, cerca de cinco criminosos começaram a atirar.
Na delegacia, os policiais teriam dito que Lucas Gustavo da Silva Lourenço e Gabriel Ferreira estavam armados com uma pistola calibre 45.
"Ele era estudante, tinha 15 anos e só tinha ido ao bar, perto de casa. Não atirou em ninguém, não andava armado", lamentou o primo do jovem.
Fonte: G1
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