Arco-Íris, a 500 quilômetros da capital paulista, encontrou soluções simples para atender sua população e ficou em primeiro lugar no IDSUS
Dá
para trabalhar muito bem com saúde, mesmo com pouco dinheiro”, garante Maria
Benedita Fernandes a vice-prefeita de Arco-Íris, cidade a 500 quilômetros de
São Paulo. O discurso, muito diferente do que se ouve país afora, é dito com
orgulho por quem foi por 11 anos secretária de saúde da cidade que ficou em
primeiro lugar no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde de 2012, o
IDSUS. Maria Benedita afirma que as soluções encontradas para dar atendimento
de primeira e sem demora em Arco-Íris podem ser aplicadas em qualquer município
do Brasil.
A
cidade de 1.925 habitantes tem um posto de saúde com um médico e nenhum
hospital. “A cidade é muito pequena, então temos três boas ambulâncias e uma
parceria com cinco hospitais da região”, diz. Outras duas ambulâncias serão
entregues este ano. A partir de uma parceria intermunicipal (chamada
Programação Pactuada Integrada), moradores do município podem ser mandados para
hospitais públicos de Marília, Tupã, São José do Rio Preto ou Jaú. “Saúde não
depende só de médico, depende de organização”, diz.
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Organização
também ajuda na hora de receber verbas federais. Maria Benedita conta que no
ano passado a cidade se inscreveu em um projeto do Ministério da Saúde de
estímulo à atividade física, que repassaria 40 mil reais para municípios
participantes. Quando chegou o documento aprovando o projeto de Arco-Íris, em
invés de 40 mil reais veio o dobro. “Achamos que tinha acontecido algum erro.
Quando ligamos para o ministério, nos disseram que como houve baixa
participação entre os municípios, eles fizeram uma nova divisão do montante e o
repasse foi de 80 mil reais”, ri.
Planos:
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Solução para falta de médicos depende de ação em várias frentes
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Embora a cidade tenha apenas um posto de saúde, ele conta com uma médica clínica-geral – que recebe 17 mil reais, por 40 horas semanais -, duas enfermeiras, duas dentistas, dois fisioterapeutas, um psicólogo, uma nutricionista e um profissional de educação física. Além da equipe multidisciplinar no posto, há ainda o trabalho de cinco agentes comunitários que integram o programa Saúde da Família. “Eles conhecem todo mundo, seja da zona rural ou da cidade e trabalham na prevenção de doenças”, conta.
As ideias simples e que funcionam de Arco-Íris não param por aí. Para driblar o baixo orçamento para investir em equipamentos de exames sofisticados, a cidade se juntou a outros seis municípios da região. No Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde, as prefeituras de Tupã, Arco-Íris, Hercolândia, Parapuã, Vinópolis, Matos e Queiroz conseguem que pacientes sejam atendidos em laboratórios particulares da região. “É como um plano de saúde, exames que custariam R$ 350 saem por R$ 40, em muitos casos. É um baita quebra-galho, não daria para investir em tanto equipamento caro e é bom para as empresas que ganham por causa de um maior fluxo de pacientes”.
FONTE: IG
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